quinta-feira, 27 de março de 2008
acalanto
calor e silêncio. povoam o vazio meras memórias de ventania. tudo cala num instante que se estende até onde alcança a sede adiada em palavras não ditas. enquanto penso num eixo para tudo o que pretendo escrever, vai se esgarçando o tempo. revelando as falhas da dimensão presente. não consigo ver sentido no ar que pesa. não consigo ouvir calma na madrugada muda. o tecido do agora me aparece esticado no espaço. infinito. minha mão empunha a pena e quer rasgar o véu do falso sossego. mas o corpo se adianta e deita na rede daquele momento sereno. é a pele que vai tatuando as horas com uma canção sutil. uma canção que é apenas sopro. uma canção de olhos fechados...
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