(D’après Márcio Seligmann-Silva)
I
entre
mímesis
e metafísica
sempre
as mesmas
armadilhas.
imanência
mutante
da essência
dança
da memória
sem fio
ou cadência.
II
história
vária
reduzida
ao idioma
do instante.
fotografia
falada
de uma
paisagem
que apenas
se pensa
estanque.
III
penso
na poesia:
fogo-fátuo.
poesia
que clareia
pontuando
o escuro
de rastros.
IV
suspeita
fidelidade
de ares
iluministas
sopesando
a arte.
a claridade
do fogo
existe apenas
quando
consome
toda verdade.
V
co-incidência
de vislumbres:
transparência
tresperância.
movimento
dos costumes:
esgotamento
da essência,
sabedoria
da errância.
VI
no deserto
é o
olho
quem molda
as formas
do horizonte.
no deserto
é o
olho
quem forma
as normas
dos contornos.
no deserto
somos
o olho.
Um comentário:
conrado,
sua poesia é uma surpresa muito feliz pra mim.
beijos.
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