Pesquisando exaustivamente sobre memória, cheguei a algumas conclusões, pessoais demais para serem expostas aqui, ou mesmo partilhadas verbalmente com quem quer que seja. Aliás, esta é a principal conclusão: as memórias têm um ciclo de existência personalíssimo. Não sei se acredito que se trata de uma evolução, nem de um desenvolvimento linear do ponto de vista temporal. São mesmo ciclos, cujos ritmos são determinados pelas idiossincrasias de cada um. As memórias vão e vêm... Aparecem, desaparecem e reaparecem, modificando-se e modificando-nos a cada novo contato. É um processo vivo, sem cheiro de fundo de baú. As memórias não têm medo da luz do sol, nem de movimento. As memórias são por demais ousadas. Invadem nossa vida quando bem entendem, sem dar motivos, e vêm nos exigir uma posição. Elas nos perguntam: quem é você? O passado passou, mas e você? Eu, muito ocupado com o presente (e como ele nos toma tempo!), não tenho tido paciência com o passado. Minhas elaborações intelectuais sobre a memória me fazem olhar cada vez mais para o futuro. Me fazem entender que o futuro se constrói dentro do agora. É o passado que me diz para seguir em frente. Mas ele diz isso sem saber. Onde o passado diz: olha pra mim! Eu escuto: vai em frente! Anda logo! E eu vou. Não vou pedir desculpas ao passado se ele bater na minha porta e eu não estiver lá para atender...
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
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