sábado, 23 de fevereiro de 2008

óculos escuros

desculpe os olhos vermelhos. acordei antes de resolver meu sonho.

sim, ficou pela metade o gole de angústia. um meio-susto. quase pesadelo.
o sol veio rápido demais. balançava como uma lâmpada pendurada do lado de fora da janela.
no varal, negativos dos gestos de ontem expostos à luz do meio-dia. canção de ruídos esquisitos. melodia pelo avesso.
o verão persiste como tradução do corpo do mundo no suor humano. o calor faz com que o ar toque nas pessoas. as mãos do vento são quentes e úmidas. fazem brilhar a pele.

mais uma vez, a cidade amanhece como se nada tivesse acontecido.

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