domingo, 6 de julho de 2008

sem título

fones de ouvido bem acomodados às formas incertas da cabeça. alta fidelidade na reprodução do silêncio da noite. 
do lado de fora, uma promessa vaga que não chega a se transformar em amanhã. vento quase simples, frio sem passado. as linhas das páginas desarranjadas pela falta de luz. e o tempo escrevendo nos relógios sua música sem movimento.
presente. 
fora do embrulho, os momentos murcham logo. bolhas de sabão. efêmeras oportunidades de beleza no espaço entre as paredes imaginárias deste quarto. plano infinito. janela sem eixo. 
talvez alguma idéia apareça na superfície do próximo instante. ou então, tudo terá sido apenas mais uma onda sem saída. desfeita em água de sonho.

Nenhum comentário: