quarta-feira, 23 de abril de 2008

poética da sobrevivência

cortar as palavras
para ver jorrar seu
sangue

repartir o pão
em santíssima
trindade:

apenas letras
imaginadas
no centro da mesa
vazia.

pronunciar o outro
para não esquecer
de si

e de que
resta a pele da voz

quando se faz
impossível
a escrita

Um comentário:

Anônimo disse...

Adorei conrado.

"pele da voz" é muito bom! É isso que eu busco em qualquer poese que faço..seja ela textual ou em cena.

gostei bastante desse ultimo poema..e não estou sendo babão :)

bjos!